quinta-feira, 9 de abril de 2020

ATIVIDADE PROJETO DE VIDA TURMA / 7B

ATIVIDADE / PROJETO DE VIDA.

PROFESSOR: SERGIO ALESANDRO.

ETAPA I

Tema das aulas: A escola que temos.

1- Atividade de “detetive”, pesquise na escola todas as
coisas perceptíveis, fazendo uma lista no caderno de tudo que perceberem.

ETAPA II


2- A escola em que vivemos (I)

a)Desenhem a escola, colocando o máximo de detalhes que conseguirem.

b) Por que a escola é importante para mim?

c) Do que mais gosto na escola?

d) Qual minha disciplina favorita?

quinta-feira, 19 de março de 2020

ATIVIDADE DE HISTÓRIA / PROF.SERGIO/ TURMA 1º A

FAÇA UMA ANÁLISE  APRESENTANDO AS IDEIAS CENTRAIS E

 DESENVOLVA OS EXERCÍCIOS PROPOSTO 1, 2 e 3. 


PRÉ-HISTÓRIA



Pré-História é como conhecemos o período que acompanha a evolução humana a partir do momento que os hominídeos começaram a usar ferramentas de pedra. Encerrou-se com o surgimento da escrita, que aconteceu entre 3.500 a.C. e 3.000 a.C.
A Pré-História é, basicamente, dividida entre PaleolíticoMesolítico (período intermediário) e Neolítico. Nesses períodos, acompanhamos o desenvolvimento dos hominídeos com a elaboração de novas ferramentas, além do surgimento do homo sapiens sapiens, há cerca de 300 mil anos.

Divisão da Pré-História

A Pré-História é um período da história humana particularmente grande. A sua nomenclatura e larga duração remetem ao século XIX, quando os primeiros vestígios da vida humana pré-histórica começaram a ser encontrados. Isso porque no século XIX existia a noção de que a História só poderia ser feita por meio de documentos escritos e, assim, todos os acontecimentos anteriores ao surgimento da escrita ficaram conhecidos como “Pré-História”.
A Pré-História abrange, aproximadamente, um período que se estende de 3 milhões de anos atrás a 3.500 a.C. e é dividida da seguinte maneira:
  • Paleolítico

Crânio do hominídeo homo heidelbergensis, que viveu entre 500 mil e 250 mil anos atrás.*
Crânio do hominídeo homo heidelbergensis, que viveu entre 500 mil e 250 mil anos atrás.*
O período Paleolítico é conhecido também como Idade da Pedra Lascada e esse nome faz referência aos objetos que eram utilizados pelo homem para sua sobrevivência, que eram produzidos exatamente de pedra lascada. Esse período estendeu-se de 3 milhões de anos atrás a 10.000 a.C. e foi subdividido em três fases que são Paleolítico InferiorMédio e Superior.
Cada um desses períodos possui as suas particularidades e veremos um breve resumo de cada uma delas, começando pelo Paleolítico Inferior. Esse período começa a ser contado exatamente quando os hominídeos começaram a ter a habilidade de produzir as primeiras ferramentas para sua sobrevivência.
Essas ferramentas foram obra do homo habilis e do homo erectus (o primeiro hominídeo a ficar numa posição totalmente ereta). Essa fase estendeu-se de 3 milhões de anos atrás a 250 mil anos atrás.
Paleolítico Médio compreendeu o período de 250 mil anos atrás a 40.000 a.C. e é caracterizado, principalmente, pela presença do homem de Neandertal. O homo sapiens já existia nessa época, uma vez que seu surgimento aconteceu há 300 mil anos. Os estudos arqueológicos mostram que nesse tempo o estilo de vida do homem tornou-se um pouco mais sofisticado com novas ferramentas sendo elaboradas e com o uso do fogo sendo mais difundido.
Por fim, há também o Paleolítico Superior, que foi de 50.000 a.C. a 10.000 a.C. Nesse período, as ferramentas utilizadas pelo homem passaram a ser elaboradas em grande diversidade. Eram produzidos pequenos anzóis, machados, agulhas e até mesmo a arte começou a ser concebida pelo homem. No caso da arte, o destaque vai para a pintura rupestre, realizada nas paredes das cavernas.
Pintura rupestre realizada na parede de uma caverna localizada na Tailândia.
Pintura rupestre realizada na parede de uma caverna localizada na Tailândia.
Abrangendo os três períodos, resumidamente, o Paleolítico é um período em que o homem sobrevivia da coleta e da caça, sendo fundamental, no caso da caça, a elaboração de ferramentas para auxiliá-lo na obtenção do alimento. Por depender da caça e coleta, o homem era nômade e mudava de lugar quando os recursos do local que estava instalado ficava escasso.
Como a temperatura geral da Terra era mais amena, sobretudo nos períodos de glaciação, o homem vivia nas cavernas para proteger-se do frio. As ferramentas utilizadas poderiam ser feitas de ossos, pedras e marfim. No fim do Paleolítico, o ser humano começou a experimentar as primeiras experiências religiosas, e o desenvolvimento do estilo de vida dos homens fez com que eles desenvolvessem rituais funerários, por exemplo.
  • Mesolítico

O Mesolítico é uma fase intermediária entre o Paleolítico e o Neolítico que aconteceu em determinadas partes do mundo. Os especialistas em Pré-História destacam que o Mesolítico aconteceu, sobretudo, em locais onde houve glaciações intensas. Aconteceu na Europa e em partes da Ásia e estendeu-se, aproximadamente, entre 13.000 a.C. e 9.000 a.C.
Esse período marcou a decadência dos agrupamentos humanos que viviam exclusivamente da caça em detrimento daqueles que eram caçadores e coletores. Ficou marcado também pelo desenvolvimento da olaria (produção de cerâmica) e da técnica para produção de tecidos. Considera-se o fim desse período o momento em que a agricultura foi desenvolvida.
  • Neolítico

O Neolítico é a última fase do período pré-histórico e estendeu-se de 10.000 a.C. até 3.000 a.C. Essas datas (que são aproximativas) assinalam dois marcos importantes para a história do desenvolvimento humano. Primeiro, houve o surgimento da agricultura, um importante marco para a sobrevivência do homem e, por fim, houve o desenvolvimento da escrita.
Com o desenvolvimento da agricultura, o homem conseguiu mudar radicalmente o seu estilo de vida, uma vez que a agricultura permitia o homem fixar-se em um só local (sedentarização do homem), sobrevivendo de tudo o que ele produzia. O domínio da agricultura também levou o homem a desmatar a floresta e desenvolver campos de plantio.
Junto do desenvolvimento da agricultura veio também a domesticação dos animais, que auxiliava o homem no transporte de carga, na agricultura, como animal de tração, servia de alimento e até mesmo como meio de transporte. Todas essas novidades, que possibilitaram a sedentarização humana, resultaram na formação de enormes agrupamentos humanos que, com o tempo e conforme cresciam, tornaram-se as primeiras cidades do mundo.
O Neolítico também ficou marcado pelo desenvolvimento da arquitetura, o que permitia o homem construir casas de pedra e construções megalíticas. Essas últimas, até hoje, não tiveram sua finalidade muito bem esclarecidas pela arqueologia. A olaria surgiu em muitos lugares e foi aprimorada em outros.
Ao passo que os agrupamentos humanos cresciam, as sociedades que se formavam tornavam-se mais complexas e mais desiguais, uma vez que as pessoas que estavam diretamente envolvidas com o gerenciamento dos recursos tornavam-se mais importantes e mais influentes.
O fim do período Neolítico ficou marcado pelo desenvolvimento da metalurgia, isto é, a capacidade de produzir ferramentas a partir da fundição de metal e pelo desenvolvimento da primeira forma de escrita da humanidade, a escrita cuneiforme.

Divisão do trabalho na Pré-História

A divisão do trabalho na Pré-História foi acontecendo conforme o estilo de vida dos agrupamentos humanos foi ficando mais sofisticado. Sendo assim, os homens foram sendo responsáveis pela caça de animais, enquanto que as mulheres foram tornando-se responsáveis pela coleta de alimentos para alimentarem-se e alimentarem seus filhos. À medida que a agricultura foi desenvolvida, essa atividade também passou a ser responsabilidade, em geral, das mulheres.
A professora e socióloga alemã Maria Mies sugere que a sobrevivência dos agrupamentos humanos, durante parte da Pré-História, foi possível, sobretudo, a partir do papel desempenhado pelas mulheres, uma vez que grande parte do alimento consumido era oriundo da coleta e da agricultura, e uma parte diminuta era resultado da caça, função masculina|1|.

Arte na Pré-História

Vênus de Willendorf, uma das obras de arte mais conhecidas da Pré-História.
Vênus de Willendorf, uma das obras de arte mais conhecidas da Pré-História.
A arte na Pré-História assumiu características distintas. Os especialistas não sabem ao certo os motivos pelos quais os seres humanos produziam tais objetos artísticos, mas especulam que podem ser um registro artístico apenas como um registro do cotidiano. no sentido da “arte pela arte”. Outros sugerem que poderiam ter uma função ritualística, com o objetivo de integrar o homem com a natureza.
Do período Paleolítico, destacam-se, principalmente, as pinturas rupestres, que eram feitas nas paredes das cavernas que são encontradas em diversos locais do mundo, inclusive no Brasil. As pinturas rupestres representavam o homem em meio a grandes grupos de animais, simbolizando as caçadas, e representavam também outras cenas do cotidiano humano.
No Paleolítico, também eram feitas pequenas esculturas das quais destacam-se as estatuetas de Vênus, datadas do período entre 40.000 a.C. e 10.000 a.C. Essas estatuetas foram encontradas em diferentes partes do mundo e representavam um corpo feminino nu com formas voluptuosas, podendo estar associadas ao culto da Deusa-mãe.
No Neolítico, destacam-se as construções megalíticas, construções realizadas com grandes rochas. Os especialistas ainda não sabem o real objetivo dessas construções, mas especulam-se que poderiam funcionar como marcadores de tempo ou poderiam ter relação com a observação dos astros. A construção megalítica mais famosa é Stonehenge, localizada na Inglaterra.

Curiosidades sobre a Pré-História

Coprólito, pedaço de fezes fossilizado (humano ou não-humano) que serve para o estudo do período pré-histórico.
Coprólito, pedaço de fezes fossilizado (humano ou não-humano) que serve para o estudo do período pré-histórico.
  • O estudo da Pré-História é um ofício realizado, principalmente, por arqueólogospaleontólogos e geólogos.
  • O estudo da vida dos seres humanos pré-históricos (e também dos animais desse período) inclui a análise de coprólitos, isto é, fezes fossilizadas.
  • No Brasil, o principal sítio arqueológico localiza-se na Serra da Capivara, que fica no estado do Piauí.
  • A estatueta de Vênus mais famosa é a Vênus de Willendorf, localizada na Áustria e que tem cerca de 25 mil anos.
|1| MIES, Maria. Origens sociais da divisão sexual do trabalho. A busca pelas origens sob uma perspectiva feminista. Para acessar, clique aqui.
*Créditos da imagem: Basotxerri e Shutterstock



Animação retratando homens pré-históricos caçando um mamute.
Animação retratando homens pré-históricos caçando um mamute.
Por Daniel Neves Silva


ATIVIDADE / TURMA DO 1ºA.
1- LEIA O TEXTO, FAÇA UMA ANÁLISE NO CADERNO APRESENTANDO AS IDEIAS CENTRAIS.

2- BASEADO NO TEXTO ELABORE 30 QUESTÕES E DESENVOLVA UMA CRUZADINHA UTILIZANDO AS RESPOSTAS DAS QUESTÕES.
3- RELACIONE 10 (DEZ) PALAVRAS IMPORTAMTES DO TEXTO, APÓS RELACIONAR (AS DEZ PALAVRAS) FAÇA / DESENVOLVA (EM UMA FOLHA) UM CAÇA-PALAVRA.

ATIVIDADE DE HISTÓRIA/ PROF.SERGIO/ TURMAS 9ºA/B

LEIA O TEXTO, FAÇA UMA ANÁLISE  APRESENTANDO AS IDEIAS CENTRAIS E

 DESENVOLVA OS EXERCÍCIOS PROPOSTO 1,2 e 3. 



República Velha
República Velha, também conhecida como Primeira República, foi um período da história brasileira que se estendeu de 1889 a 1930 e ficou marcado pela força das oligarquias.
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República Velha é o período da história do nosso país que se estendeu de 1889 a 1930. Os marcos que estipulam o início e o fim desse período são a Proclamação da República e a Revolução de 1930. Esse período é mais conhecido entre os historiadores como Primeira República, por se tratar do primeiro período da República no Brasil.
Resumo
→ A República Velha é chamada pelos historiadores de Primeira República.
→ Esse período foi iniciado com a Proclamação da República, que fez com que Deodoro da Fonseca assumisse a presidência.
→ O período de 1889 a 1894 é também conhecido como República da Espada.
→ A República Velha contou, ao todo, com treze presidentes e com outros dois que não puderam assumir a presidência.
→ O mandonismo, clientelismo e coronelismo são características importantes desse período.
→ A política dos governadores e a política do café com leite foram práticas importantes do arranjo político das oligarquias.
→ O Brasil experimentou um avanço industrial embrionário nesse período, que resultou no nascimento do movimento operário no país.
→ A desigualdade social e a política corrupta desse período motivaram revoltas em diversas partes do país.
→ A Revolução de 1930 foi o acontecimento que precipitou o fim desse período e inaugurou a Era Vargas.
Contexto histórico
A República Velha iniciou-se em 1889, quando aconteceu a Proclamação da República, no dia 15 de novembro. Esse acontecimento iniciou-se pela manhã do dia citado quando os militares liderados pelo marechal Deodoro da Fonseca derrubaram o Visconde de Ouro Preto do Gabinete Ministerial. Na sequência do dia, José do Patrocínio, vereador no Rio de Janeiro, proclamou a República.
Após a Proclamação da República, Deodoro da Fonseca foi escolhido como presidente provisório. Em 1891, o marechal foi eleito presidente do Brasil para um mandato de quatro anos, mas renunciou ao cargo e foi sucedido pelo seu vice, o marechal Floriano Peixoto, que permaneceu no cargo até o ano de 1894. Esse período de 1889 a 1894, em que o país foi governado por dois presidentes militares, é conhecido como República da Espada.
Presidentes da República Velha
Ao todo, a República Velha estendeu-se de 1889 a 1930 e contou com treze presidentes que assumiram funções. Ao longo desse período, também aconteceu de dois presidentes eleitos não terem assumido a função, por motivos de saúde ou políticos. Os presidentes do período foram:
1. Deodoro da Fonseca (1889-1891);
2. Floriano Peixoto (1891-1894);
3. Prudente de Morais (1894-1898);
4. Campos Sales (1898-1902);
5. Rodrigues Alves (1902-1906);
6. Afonso Pena (1906-1909);
7. Nilo Peçanha (1909-1910)
8. Hermes da Fonseca (1910-1914);
9. Venceslau Brás (1914-1918);
10. Delfim Moreira (1918-1919);
11. Epitácio Pessoa (1919-1922);
12. Artur Bernardes (1922-1926);
13. Washington Luís (1926-1930).
Os dois presidentes que foram eleitos e não assumiram foram Rodrigues Alves (segundo mandato) e Júlio Prestes. Rodrigues foi eleito para um segundo mandato em 1918, mas, antes de assumir, faleceu por conta da gripe espanhola. Seu vice, então, assumiu, para que uma nova eleição fosse marcada (e nela Epitácio Pessoa foi eleito). Já Júlio Prestes foi impedido de assumir a presidência por conta da Revolução de 1930.
Mapa Mental - Primeira República
https://s2.static.brasilescola.uol.com.br/img/2018/09/primeira-republica_be(1).jpeg
* Para baixar o mapa mental, clique aqui!
Características
A grande marca da República Velha e pela qual todos a conhece é o domínio que as oligarquias exerciam no país. As oligarquias eram pequenos grupos (a maioria deles era associada com a agricultura e pecuária) que detinham grande poderio econômico e político. O controle das oligarquias no Brasil dava-se por meio de práticas conhecidas como mandonismocoronelismo clientelismo.
Vejamos uma definição simples a respeito de cada um desses conceitos:
·         Mandonismo: é o nome que se dá para o controle exercido por determinadas pessoas, sobre outras, por possuírem uma grande posse de terra. No caso da República Velha, os grandes proprietários exerciam influência sobre a população local.
·         Coronelismo: prática em que o coronel (grande proprietário de terra) exercia seu domínio sobre as populações locais, de forma a conquistar os votos que eram necessários para atender os interesses da oligarquia estabelecida e do Governo Federal. A conquista do voto da população local acontecia, por exemplo, por meio da distribuição de cargos públicos que estavam sob controle do coronel ou também pela intimidação.
·         Clientelismo: é a troca de favores que é praticada entre dois atores politicamente desiguais. Essa prática não precisa da figura do coronel para acontecer, pois toda entidade politicamente superior que realiza um favor a outra política inferior, em troca de um benefício, está praticando o clientelismo.
Outro ponto importante sobre a Primeira República é o que diz respeito a duas práticas bastante conhecidas: a política do café com leite e a política dos governadores, dois mecanismos que davam sustentação ao domínio político das oligarquias.
·         Política dos governadores
A política dos governadores (ou política dos estados) foi criada durante o governo de Campos Sales e estruturou o funcionamento de toda a política brasileira durante o período da República Velha. Sua atuação foi responsável por consolidar uma aliança entre Executivo e Legislativo ao longo da República Velha.
Nessa política, o Governo Federal dava seu apoio para a oligarquia mais poderosa de cada estado como forma de reduzir as disputas locais entre diferentes oligarquias. Em troca do apoio, as oligarquias tinham como dever eleger deputados e orientá-los a apoiar as pautas do Executivo no Legislativo.
Para que a política dos governadores desse certo, o coronel era uma figura essencial, uma vez que todo o arranjo para conquistar votos para eleger os deputados da oligarquia era feito por essa figura. O coronel, enquanto figura de poder local, utilizava-se do seu poderio financeiro para exercer pressão para que os eleitores votassem no candidato desejado. A intimidação de candidatos ficou conhecida como “voto de cabresto”.
Os coronéis, por sua vez, não obtinham a quantidade de votos desejados somente pela intimidação mas também por meio da manipulação eleitoral. Duas práticas muito comuns eram: utilizar o registro de pessoas mortas (para que uma mesma pessoa pudesse votar diversas vezes) e manipular as atas eleitorais.
·         Política do café com leite
política do café com leite é um dos conceitos mais conhecidos desse período e faz referência ao acordo que existia entre as oligarquias de São Paulo e de Minas Gerais a respeito da escolha dos presidentes. Esse acordo estipulava que as oligarquias citadas revezariam os candidatos que concorreriam à presidência.
Um ponto importante a respeito da política do café com leite é que os historiadores têm apontado limites para seu uso, uma vez que a atuação dessa prática de revezamento não se estendeu por toda a República Velha, já que representantes de outras oligarquias também foram eleitos no curso desse período.
Características socioeconômicas
A República Velha foi um período em que o Brasil esboçou um desenvolvimento industrial, mesmo que bastante tímido. Os reflexos do desenvolvimento industrial do país deram-se de maneira concentrada, destacando-se principalmente a cidade de São Paulo, que teve um grande salto populacional no período.
O desenvolvimento industrial e urbano que aconteceu em partes do Brasil levou ao desenvolvimento de um movimento operário, que teve atuação destacada no final da década de 1910. Apesar do desenvolvimento de uma indústria embrionária no país, a nossa economia permaneceu extremamente dependente da exportação de café e assim ficou até a década de 1950.
Revoltas
Quando o assunto é sobre os direitos sociais, a República Velha é marcada como um período em que esses direitos foram bastante desrespeitados. O desrespeitos aos direitos sociais e a existência de uma desigualdade evidente fizeram com que esse período também fosse de luta para muitos que buscavam uma condição de vida mais digna e que estavam insatisfeitos com as ações praticadas pelos governos.
Existe, inclusive, uma frase que geralmente é atribuída ao presidente Washington Luís e que dá o tom da forma como a questão era tratada na República Velha. A suposta frase dita pelo presidente foi: “Questão social é caso de polícia.” As tensões existentes resultaram em diversas revoltas, como:
Fim da República Velha
Getúlio Vargas e militares aliados durante a Revolução de 1930.**
Getúlio Vargas e militares aliados durante a Revolução de 1930.
**
A política da República Velha entrou em crise porque a estrutura política que sustentava as oligarquias no poder começou a ruir. A decadência da política da República Velha está relacionada com as disputas pelo poder entre as oligarquias e com o surgimento de movimentos de oposição, que lutavam por impor uma alternativa ao modelo oligárquico.
Diretamente, o fim da República Velha está atrelado com a disputa na eleição presidencial de 1930. Nessa disputa, paulistas e mineiros romperam com seu acordo, pois os primeiros não queriam realizar o revezamento, conforme estipulava a política do café com leite. Sendo assim, os paulistas lançaram Júlio Prestes, e os mineiros aliaram-se com outras oligarquias e lançaram Getúlio Vargas como candidato à presidência.
Após serem derrotados, a chapa de Vargas — chamada Aliança Liberal — rebelou-se quando o vice de Vargas, chamado João Pessoa, foi assassinado. O assassinato de João Pessoa não teve relações com a disputa eleitoral daquele ano, mas foi utilizado como justificativa para o levante contra o presidente Washington Luís.
O resultado dessa revolta, conhecida como Revolução de 1930, foi a derrubada do presidente Washington Luís em outubro de 1930 e o impedimento de que Júlio Prestes assumisse a presidência. No mês seguinte, Getúlio Vargas assumia como presidente provisório do Brasil e iniciava um mandato que se estenderia por quinze anos.

Exercício resolvido

A questão abaixo foi retirada do Enem realizado no ano de 2018. Segue a questão:
Rodrigo havia sido indicado pela oposição para fiscal duma das mesas eleitorais. Pôs o revólver na cintura, uma caixa de balas no bolso e encaminhou-se para seu posto. A chamada dos eleitores começou às sete da manhã. Plantados junto da porta, os capangas do Trindade ofereciam cédulas com o nome dos candidatos oficiais a todos os eleitores que entravam. Estes, em sua quase totalidade, tomavam docilmente os papeluchos e depositavam-nos na urna, depois de assinar a autêntica. Os que se recusavam a isso tinham seus nomes acintosamente anotados.
VERÍSSIMO, E. O tempo e o vento. São Paulo: Globo, 2003 (adaptado).
Erico Veríssimo tematiza em obra ficcional o seguinte aspecto característico da vida política durante a Primeira República:
a) Identificação forçada de homens analfabetos.
b) Monitoramento legal dos pleitos legislativos.
c) Repressão explícita ao exercício de direito.
d) Propaganda direcionada à população do campo.
e) Cerceamento policial dos operários sindicalizados.
RESPOSTA: LETRA C
A questão faz referência a uma prática conhecida como “voto de cabresto”, que é aquela na qual os eleitores são coagidos a votar em determinado candidato. Dentro do voto de cabresto, aqueles que não atendiam a orientação da oligarquia sofriam represália, que incluíam agressões físicas ou até mesmo demissão de seus empregos, caso ocupassem um cargo que estivesse na influência do coronel. A existência das fraudes nas eleições desse período pode ser percebida nas votações presidenciais, em que o candidato do vencedor, por diversas vezes, teve mais de 90% dos votos. Assim, como podemos identificar, o voto de cabresto é uma prática de repressão contra um direito (de voto).
*Créditos da imagem: MarkauMark e Shutterstock
**Créditos da imagem: FGV/CPDOC

Por Daniel Neves
Graduado em História
Washington Luís foi o último presidente da República Velha e governou de 1926 a 1930. Foi deposto durante a Revolução de 1930.*Washington Luís foi o último presidente da República Velha e governou de 1926 a 1930. Foi deposto durante a Revolução de 1930.*



ATIVIDADE.

1- LEIA O TEXTO, FAÇA UMA ANÁLISE NO CADERNO APRESENTANDO AS IDEIAS CENTRAIS.

 

2- BASEADO NO TEXTO ELABORE 20 QUESTÕES E DESENVOLVA UMA CRUZADINHA UTILIZANDO AS RESPOSTAS DAS QUESTÕES.


 

3- RELACIONE 10 (DEZ) PALAVRAS IMPORTAMTES DO TEXTO, APÓS RELACIONAR (AS DEZ PALAVRAS) FAÇA / DESENVOLVA (EM UMA FOLHA) UM CAÇA-PALAVRA.


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